terça-feira, 24 de maio de 2016

MONTE ALEGRE: PREFEITO BUSCA RECURSOS PARA SAÚDE E OBRAS DE INFRAESTRUTURA

O HMMA tem prédio antigo e instalações desgastadas pelo tempo, assim como seus pricipais equipamentos hospitalares. O prefeito Arinos sai em busca de recursos dos governos estadual e federal

"O Hospital Municipal de Monte Alegre é um dos mais antigos da sub-região da Calha Norte, remontando à antiga Fundação Sesp, estando com suas estruturas parcialmente comprometida e seus equipamentos, superados do ponto de vista tecnológico, e aquém das necessidades locais"

Assim justificou o prefeito Arinos Brito Chaves em documento enviado ao Ministério da Saúde, no qual solicita recursos para obras de reforma e ampliação do prédio do HMMA.

No mesmo documento, o prefeito pinta-cuia também solicita recursos para a aquisição de um aparelho de raio-x, um de mamografia, dois de ultrassonografia e uma máquina de análise clínica.
Prefeito Arinos Chaves recorre a Belém e
Brasília em busca de apoio

O documento foi enviado através da deputada federal Elcione Barbalho, que esteve em Monte Alegre, ontem (23/05), na comitiva do ministro da Integração Nacional. Arinos Chaves pediu ao ministro Helder Barbalho que reforce o pedido junto ao ministro da Saúde, Ricardo Barros.

"Hoje, podemos afirmar que os equipamentos antigos e as estruturas atuais do HMMA estão entre os maiores limitadores ao serviço de qualidade que a nossa população merece", completou o prefeito.

Nos próximos dias, Arinos Chaves vai a Belém também em busca de recursos para investimentos na saúde municipal e para obras de infraestrutura na sede do município em na imensa zona rural de Monte Alegre.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

MONTE ALEGRE: MAIS DE 3 MIL PESSOAS VIVEM EM ÁREAS DE RISCO

 
 Com relevo acidentado e solo arenoso, a cidade apresenta várias áreas de risco, especialmente nas encostas de serra e áreas de ocupação irregular

 Segundo a Defesa Civil Municipal de Monte Alegre, no Oeste do Pará, pelo menos 3.400 pessoas vivem em áreas de risco na sede do município, o que corresponde a 840 famílias, todas expostas a riscos no caso de acidentes naturais.

O levantamento não é recente, mas de 2012, elaborado pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), a pedido da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, órgão ligado ao Ministério da Integração Nacional. A maioria das famílias incluídas no relatório da CPRM mora nos bairros Serra Oriental, Serra Ocidental, Papagaio, Curintanfã, Camarazinho e Turu, além de Curaxi I e Curaxi II.

Monte Alegre virou manchete na imprensa regional e nacional depois que forte chuva, no dia 2 de maio, desabou sobre a cidade, causando danos materiais a famílias e prejuízos ao poder público. Por conta disso, o município está em situação de emergência desde o dia 4 de maio. Hoje, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, visitou a cidade para conhecer as consequências da chuva e anunciar socorro às famílias e ao município. Técnicos da Defessa Civil do Estado também já estiveram na cidade, especialmente para orientar e apoiar as ações dos técnicos da defesa civil locais.
Desmatamento e ocupações irregulares causam queda de barreiras na orla da cidade, expondo ao risco centenas de famílias

Erosões - O acidente mais comum na cidade de Monte Alegre são as ocorrências de fortes erosões decorrentes de intensas chuvas que caem sobre o município, especialmente no período final do inverno. As erosões causam grande deslocamento de areia e quedas de barreira nas encostas de serra que dominam a orla fluvial da cidade.

“Nos últimos anos, por conta das chuvas e erosões, imóveis foram destruídos total ou parcialmente, ao mesmo tempo em que a areia arrastada aterra áreas mais baixas”, relatou o coordenador municipal da Defesa Civil, Cleomar Araújo de Oliveira.

“A cidade está instalada sobre um terreno com topografia acidentada e solo predominantemente arenoso, o que torna as erosões de origem pluvial uma ameaça constante, exatamente nos períodos invernosos”, explicou o prefeito Arinos de Brito Chaves. Segundo o prefeito, somente a construção de redes de drenagem e de pavimentação nas vias públicas podem evitar esses acidentes.
O prefeito Arinos Brito quer recursos para construir 840 casas populares para poder remanejar famílias que habitam áreas de risco

O maior exemplo disso, segundo ele, é a voçoroca do Curaxi, uma enorme vala que se abriu com a força das erosões nesse bairro localizado na região leste da cidade. O buraco tem 1.360 metros de extensão, com 18 metros em seu ponto mais profundo, mas parou de crescer depois de intervenções da prefeitura local. “Mas essa voçoroca ainda representa risco para muitos moradores locais”, garantiu o coordenador da Defesa Civil local.

Pajuçara – Além das áreas de risco já identificadas pela CPRM, outras locais igualmente atacados pela erosão pluvial preocupam a população e autoridades locais. É o que acontece no bairro de Pajuçara, no lado norte da cidade, em franco crescimento populacional por conta de ocupações desordenadas.

Neste bairro, a água das chuvas desce por ruas que apresentam declive acentuado e sem rede de drenagem, causando erosões violentas. Foi neste bairro que três casas foram destruídas pela erosão e ameaçou outras 50, na manhã do dia 2 de maio, principalmente nas ruas Dezessete de outubro, Laila Bechara, Manoel Cayres e João de Freitas. O ministro da Integração Nacional Helder Barbalho visitou esses locais, hoje, ao visitar a cidade e conhecer os locais e famílias atingidos.

No Pajuçara, obras preventivas não conseguiram evitar os danos causados pelas erosões. No bairro, casas foram destruídas, outras danificadas
Nas encostas de serra, houve queda de barreira e erosões verticais, causadas principalmente pela ocupação desordenada e pelo desmatamento.

Casas populares – Nesta segunda-feira, durante a visita do ministro Helder Barbalho à cidade, o prefeito Arinos de Brito Chaves pediu apoio do governo federal para a construção de 840 casas populares, através do programa Minha Casa Minha Vida. Ele também reivindicou recursos para a construção de obras de infraestrutura, justamente para evitar as erosões.

“Esse cenário de destruição e medo se repete a cada ano, expondo essas famílias ao risco de morte ou perdas materiais, justamente porque habitam em áreas de risco”, explicou o prefeito. “Com casas novas e seguras longe de áreas de risco, deixaremos de reviver essas tragédias”, afirmou o prefeito, justificando a necessidade de remanejamento das famílias hoje expostas aos acidentes.

O ministro prometeu juntar forças dos dois ministérios – Cidades, que controla o programa de casas populares, e Integração Nacional – para buscar os recursos que viabilizem as propostas apresentadas pelo prefeito municipal.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

PRODUTORES MOBILIZADOS EM DEFESA DE MÁQUINA DE BENEFICIAR LIMÃO



Os produtores decidiram se manter mobilizados para defender seus interesses. O prefeito Arinos Chaves iniciou entendimentos com o governo do Estado para resolver a contenda

Reunidos na tarde do último domingo (15/05), na comunidade do Km 11 da PA-254, produtores de limão de Monte Alegre, no Oeste do Pará, reafirmaram a decisão de reagir à tentativa de se tirar deles a máquina de beneficiamento do produto que foi adquirida pela Prefeitura Municipal (PMMA), em 2012.

A máquina foi comprada com recursos do governo do Estado e da PMMA e está montada, desde 2014, em galpão da Cooperativa Integral de Reforma Agrária de Monte Alegre (Cirama), na sede do município.

A ameaça de retirada da máquina vem do empresário Helton Umbelino Branquinho, que tem relação de parentesco com o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Monte Alegre (Sinpruma), Valdemar Hutim. Helton afirma representar os interesses de uma empresa que está interessada em comprar a produção local de limão, beneficiá-la e vendê-la para outros estados.

"Toda empresa que queira de instalar em Monte Alegre para comprar a nossa produção será bem-vinda. O que não aceitamos é que ela venha, se instale e queira utilizar a nossa máquina de beneficiamento de limão", reagiu Zezinho Pedreiro, representante dos produtores. "Ela que compre sua máquina e beneficie o limão que conseguir comprar aqui", completou.

A máquina está oficialmente em poder da PMMA, mas Valdemar Hutim está tentando extinguir o convênio do governo do Estado com o Município e levar o equipamento para a guarda do Sinpruma, através de um novo convênio. Em poder do sindicato, ela ficaria à disposição de Elton Branquinho. E, para conseguir seu intento, Hutim estaria buscando apoio de deputados e membros do governo do Estado. É o que suspeitam membros do governo municipal.

"O maquinário é da Prefeitura de Monte Alegre, ele foi comprado para atender às necessidades dos produtores de limão e não para servir a interesses particulares. Eu não acredito que o governo do Estado vá cometer essa injustiça com os nossos produtores", afirmou o prefeito Arinos Chaves, ontem, durante a reunião.

Arinos Chaves afirmou que a PMMA vai buscar os caminhos administrativos junto ao governo do Estado para resolver a contenda, mas que recorrerá a outros meios, se necessário. Os produtores decidiram se manter mobilizados para reagir. "Já decidimos o que fazer, vamos reagir na hora certa", afirmou Gilmar Santos, produtor presente.

No dia 11 de maio, a PMMA protocolou ofício ao titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca (Sedap), Hildegardo Nunes, em Belém, tratando do assunto. No documento, o prefeito de Monte Alegre pediu que a Sedap formalize a transferência do equipamento ao patrimônio da PMMA.

Amanhã, o prefeito mandará protocolar outro documento sobre o mesmo tema, com a reivindicação dos produtores de limão de Monte Alegre e um documento assinado por quase quinhentos deles.

MONTE ALEGRE: RODOVIAS SÃO RETRATOS DO DESCASO GOVERNAMENTAL


 Vários trechos das rodovias estaduais estão ameaçados de interdição. A prefeitura local já corrigiu vários locais mais críticos, mas a situação é grave

É lamentável e revoltante a situação em que se encontram as rodovias PA-423 e PA-254, em Monte Alegre, no Oeste do Pará. São retratos do abandono e do descaso com que os cidadãos de Monte Alegre e outras cidades da região são tratados pelo governo do Estado.

Na PA-423, enormes buracos tomados pela lama que se formaram com as últimas chuvas. Em vários trechos, a erosão já ameaça cortar a estrada, interditando-a. Aliás, isso já teria acontecido se a Prefeitura de Monte Alegre (PMMA) não tivesse feito intervenções, em abril e maio, para evitar a total paralisação dessa importante rodovia estadual. E a PMMA fez isso usando recursos próprios, sem qualquer ajuda do governo estadual, responsável pela rodovia.

Na PA-254, a "rodovia da integração", a situação não é diferente. Os buracos são tantos que, em muitos trechos, os veículos não conseguem passar de 10km/h de velocidade, dobrando ou triplicando o tempo das viagens. Para fugir dos buracos e ganhar tempo nas viagens, caminhões e ônibus que fazem trechos entre Monte Alegre e Alenquer estão usando estradas municipais para fazer suas viagens. O mesmo fazem veículos que transitam no próprio município de Monte Alegre, atendendo demandas da região cortada por essa rodovia.

Também a maioria das vicinais foram afetadas pelas chuvas e erosões. Apesar das enormes dificuldades financeiras e das limitações dos equipamentos da patrulha mecanizada local, o prefeito Arinos Chaves (PMDB) mantém três equipes permanentemente atuantes. Elas têm sido usadas na recuperação de vicinais e na manutenção e/ou reconstrução de pontes afetadas ou destruídas pela força das águas das intensas chuvas que caem sobre o município.

As duas rodovias estaduais são essenciais ao escoamento de produtos da altamente produtiva região da PA-254, especialmente a enorme produção de limão, a maior do Pará. Mas, por conta da situação em que se encontram as duas rodovias, os prejuízos se acumulam.

Transtornos também sofrem os alunos da região que usam o transporte escolar. As mesmas dificuldades vivem os moradores da região que precisam de resgate de pacientes para atendimento médico no Hospital Municipal de Monte Alegre.

A administração local Monte Alegre pede socorro ao governo do Estado. "Monte Alegre ajudou a eleger vários deputados, senadores e também o governador do Estado. É nessas horas de enorme dificuldades que mais precisamos de socorro para atender à nossa população. E isso deve acontecer independentemente da cor partidária do prefeito, do governante estadual ou dos parlamentares", afirmou o prefeito Arinos Chaves.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O município se encontra, há quinze dias, em situação de emergência, depois que uma forte chuva, na madrugada do dia 2 de maio, causou graves destruições e danos diversos em equipamentos públicos e parte da população, na cidade e no meio rural.

A Defesa Civil Estadual já esteve no município, mas apenas para orientar os técnicos locais no levantamento dos dados e informações locais sobre os acidentes naturais registrados, para somente depois pedir socorro aos governo estadual e federal. Nenhum recurso financeiro ou equipamento foi enviado pelo governo do Estado para socorrer às famílias atingidas ou ajudar a administração local a reverter as situações mais graves.

A situação de emergência foi decretada no dia 4 de maio, mas até agora o ato do prefeito municipal ainda não foi homologada pelo governo do Estado.

Na noite do último sábado (14/05), Arinos Chaves conseguiu falar com o ministro Helder Barbalho, que garantiu apenas aguardar a documentação sobre a situação de emergência para enviar socorro ao município.

Atualização às 14h10 - Foi publicada, na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU), finalmente, a Portaria nº 117/2016, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Nacional, que reconhece a situação de emergência no Município de Monte Alegre. 
Assim, aumenta a esperança de que a União socorra a terra pinta-cuia.