segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

SINJOR-PA REPUDIA ASSÉDIO MORAL E SE SOLIDARIZA COM ENIZE VIDIGAL

O Sindicato dos Jornalistas no Pará - Sinjor-PA publicou, hoje, nota repudiando mais um ato explícito de assédio moral a um jornalista - no caso, a jornalista Enize Vidigal, repórter do jornal O Liberal, prestando-lhe total solidariedade.

O teor da nota segue abaixo:

NOTA DE REPÚDIO CONTRA O ASSÉDIO MORAL

O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA), diante de mais um ato explícito de assédio moral e de afronta ao pleno e livre exercício do Jornalismo, manifesta publicamente seu repúdio à retaliação que vem sofrendo a jornalista e diretora desta entidade ENIZE VIDIGAL, pelas razões que seguem expostas:

1- No dia 17 de fevereiro, na qualidade de repórter de O Liberal, foi enviada ao gabinete da vereadora Meg Barros (Pros) para entrevistá-la sobre a atuação parlamentar dela. Porém, a jornalista foi tratada com ironia, questionada sobre a competência para realização da reportagem e ainda sofreu intimidação ao afirmar que iria telefonar para o redator-chefe e para o dono do jornal. Nesse contexto, a vereadora revelou que toda a conversa havia sido gravada, sugerindo que seria usada contra a repórter. Enize, corretamente, encerrou a entrevista e se retirou do local sem devolver as ofensas.

2- No dia seguinte, ao chegar à redação de O Liberal, a jornalista foi informada de que havia sido transferida da editoria de Política para a de Polícia, um ato que caracteriza clara retaliação, atitude contumaz por parte do veículo de comunicação quando pretende punir os jornalistas. Não há como não qualificar esses fatos como o mais explícito, infame e abjeto assédio moral.

3- Como desdobramento do assédio moral, iniciado no gabinete parlamentar, na última quinta-feira, 20, a vereadora registrou ocorrência na Delegacia de Crimes Tecnológicos contra a jornalista, que já foi notificada a comparecer a uma audiência nesta segunda-feira, 24. Destaca-se que, na ocasião, a jornalista será acompanhada juridicamente pelo Sinjor, dando sequência ao assessoramento jurídico que tem sido prestado à jornalista desde que ela fez a denúncia de assédio moral que sofrera.

O Sinjor espera que casos como este - que se repetem diuturnamente, de forma sorrateira, sutil, pouco evidente - sirvam de exemplo para que fiquemos atentos, e sejam sempre denunciados, a fim de combatermos essa atitude pretensiosa de alguns que se revestem de representantes do povo, em nome da “moral” e dos “bons costumes” para intimidar, coagir e calar a voz dos jornalistas. Nós, jornalistas, devemos ser os primeiros a denunciar.

Assim, o Sinjor-PA repudia os atos de assédio moral de que foi vítima a jornalista Enize Vidigal e presta-lhe a mais ampla e irrestrita solidariedade.

O Sinjor-PA continuará vigilante e às violações e ao desrespeito aos direitos trabalhistas, de assédio moral ou impedimento ao pleno exercício do Jornalismo. E convoca todos a fazer o mesmo. Mexeu com um de nós, mexeu com todos nós. 

Juntos, somos mais fortes. Jornalista Vale Mais!

Belém (PA), 23 de fevereiro de 2014.

Diretoria do Sinjor-PA

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

ESTUDO PROJETA SANTARÉM COMO PÓLO INDUSTRIAL

Empreendedores privados estariam dispostos a executar o projeto, considerado por tão importante quanto ao corredor de grãos pelos portos do Pará

Um projeto da Macrologística Consultoria, que tem sede em São Paulo, prevê a transformação de Santarém em um pólo industrial de montagem da Zona Franca de Manaus, integrado a um corredor logístico ligando Manaus ao centro consumidor de São Paulo, por via ferroviária e hidroviária.

O estudo, encabeçado pelo diretor administrativo da empresa, Renato Pavan, já tem empreendedores privados dispostos a executar o projeto, considerado por ele tão importante quanto ao corredor de grãos pelos portos do Pará, envolvendo Miritituba, Santarém e Vila do Conde.
  A Macrologística foi a responsável pelos estudos que resultaram na atração de inúmeras empresas do setor de agronegócio para o distrito de Miritituba, em Itaituba, onde estão construindo terminais graneleiros que farão o transbordo do produto em barcaças que o levarão até o porto de Vila do Conde, em Barcarena, onde segue para exportação.
  Para ler mais,  http://www.portalmuiraquita.com.br/index.php/component/k2/item/387-estudo-aponta-santar%C3%A9m-como-centro-industrial-da-zona-franca-de-manaus 

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ADVOGADO: JOVENS RECEBIAM R$ 150 PARA TUMULTUAR MANIFESTAÇÕES

"O dinheiro era pago por um ativista, que eles não deram o nome. Mas esse ativista tem envolvimento com político, com diretórios regionais de partidos, de vereadores, deputados estaduais e senadores", afirmou o advogado 

O advogado Jonas Tadeu, que defende Caio Silva de Souza, disse à Folha, na tarde desta quarta-feira, que o seu cliente e outros jovens recebiam pelo menos R$ 150 por cada protesto que participavam no Rio, para promover "quebra-quebra" durante as manifestações.

Caio Souza foi preso na madrugada de hoje, na Bahia. Em entrevista à Globo News, ele admitiu ter acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Band. À polícia, porém, ele disse que só iria falar em juízo.

O advogado enfatizou que o rapaz preso vive numa "situação miserável, não no sentido de ser um monstro, um criminoso, mas no sentido de sua situação financeira, no sentido da pobreza extrema em que ele vive."

Tadeu não citou nomes de quem teria aliciado Caio ou outros jovens, mas disse que há políticos envolvidos no esquema. Ainda segundo o advogado, os rojões, máscaras e o dinheiro são entregues por quem alicia esses jovens.

"O dinheiro era pago por um ativista, que eles não deram o nome. Mas esse ativista tem envolvimento com político, com diretórios regionais de partidos, de vereadores, deputados estaduais e senadores", afirmou o advogado à Folha, por telefone. 

Para ler mais,  http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1411107-advogado-de-suspeitos-diz-que-jovens-sao-pagos-para-tumultuar-protestos.shtml 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

COMISSÃO DA VERDADE DO PARÁ SERÁ INSTALADA NO DIA 11 DE MARÇO

Os deputados estaduais confirmaram a instalação da Comissão da Verdade. Representantes de entidades paraenses vão acompanhar os trabalhos

A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) será instalada na manhã do dia 11 de março, durante sessão especial do parlamento estadual.

A decisão foi tomada, na manhã hoje, durante reunião de representantes de entidades da sociedade civil paraense com o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda. Participaram, ainda, do encontro os deputados Carlos Bordalo (PT), Alfredo Costa (PT), Zé Francisco (PMN) e Edmilson Rodrigues (PSol), todos favoráveis à iniciativa

Como representantes da sociedade civil estavam Paulo Fonteles Filho e Manu Pardauil (Comitê Paraense pela Verdade), José Maria Piteira e Franssinete Florenzano (Sindicato dos Jornalistas no Pará), Jorge Lucas Neves e Antonio Carlos Ribeiro da Silva (União Nacional dos Estudantes), além de Silvia Regina Sales (Desarquivando BR).

Durante o encontro, os deputados paraenses receberam o documento "Carta em Defesa da Imediata Instalação da Comissão da Verdade do Pará", elaborada pelas entidades. O documento apoia a iniciativa da Alepa, que aprovou a criação da Comissão da Verdade, no final de outubro passado, uma proposta do deputado Carlos Bordalo, e exigia sua imediata instalação e funcionamento.

Segundo o presidente da Alepa, a comissão já seria instalada na próxima semana, faltando apenas a indicação dos seus membros pelas bancadas partidárias. Mas, acatando a sugestão das entidades, Marcio Miranda confirmou a instalação para o dia 11 de março.

Ficou acordado, ainda, que o Cerimonial da Alepa e representantes das entidades vão se reunir para discutir a melhor forma para a realização do evento. As entidades de direitos humanos pretendem homenagear entidades e militantes que resistiram ao golpe militar, alguns deles já mortos.

Hesitação nem dúvida - “Não houve, em nenhum momento nesta Casa Legislativa, hesitação ou dúvida para instalar a Comissão da Verdade neste parlamento. Pelo contrário, aprovamos, publicamos o ato e iríamos instalar em dezembro, no entanto, foi modificado devido o recesso parlamentar e a pedido de várias lideranças partidárias”, explicou o deputado Márcio Miranda aos representantes das entidades.


Para Paulo Fonteles Filho, a confirmação do ato de instalação da comissão representa uma conquista da sociedade paraense e do parlamento estadual na busca da verdade. "
Além das perseguições realizadas contra a juventude, os trabalhadores, democratas e patriotas paraenses, o Pará foi palco, no início da década de 1970, do maior forma de resistência ao regime dos generais: a Guerrilha do Araguaia, página ainda desconhecida para o povo paraense e brasileiro. Nós queremos a verdade sobre todos esses fatos, para os quais, até agora, só existe a versão oficial, ou nem isso!", afirmou. Paulo Fonteles é filho do ex-deputado Paulo Fonteles, assassinado no dia 11 de junho de 1987.

Um dos últimos - O Pará é um dos poucos estados brasileiros que ainda não criaram sua Comissão da Verdade. A iniciativa dos deputados paraenses cobre essa falha gritante do governo estadual, que se comprometeu com a criação da comissão, mas nada fez.

As comissões estaduais da Verdade fazem parte do esforço nacional para apurar a violação de direitos humanos ao longo do período da Ditadura Militar, além de identificar as estruturas da repressão política, seus comandantes e a colaboração de setores da sociedade civil com as arbitrariedades dos governos militares e seus agentes.

A Comissão será constituída por sete deputados indicados pelas bancadas partidárias e vai atuar em consonância e colaborando com a Comissão Nacional da Verdade, do governo federal, criada pela Lei nº. 12.528, de 18 de novembro de 2011. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

PRIORIDADE SERÁ A INSTALAÇÃO DE COMISSÃO DA VERDADE DA ALEPA


Ontem, reunidos na sede da OAB-PA, representantes de entidades da sociedade civil, de partidos políticos e outras instituições decidiram priorizar a instalação da Comissão da Memória e Verdade da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) como o principal evento da programação político-cultural que vai marcar a passagem dos 50 anos do Golpe Militar de 1964.

Também foi aprovado o indicativo de data para essa instalação (11 de março), sugestão que será levada, na próxima terça-feira, ao presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, durante audiência a ser marcada pelo deputado Carlos Bordalo (PT), presente à reunião e autor do projeto de lei que criou a Comissão da Verdade do Parlamento Estadual.

A decisão do grupo se justificou pela necessidade urgente de o Estado também investigar os crimes de violação de direitos no período de 1964 a 1985. O Pará é um dos únicos estados da União que ainda não criaram esse instrumento de investigação e de busca da verdade sobre fatos para os quais há apenas a versão oficial, ou nem isso.

"O governo do Estado se comprometeu com a criação da nossa Comissão da Verdade, um compromisso firmado diante de representantes da Comissão Nacional da Verdade, mas isso até agora não aconteceu. Não podemos mais esperar", afirmou Paulo Fonteles Filho, representante do Comitê Estadual pela Verdade, endossando a proposta apresentada pelo deputado Carlos Bordalo.

MOBILIZAÇÃO - Para demonstrar apoio da sociedade paraense à instalação da Comissão da Verdade da Alepa, as entidades presentes decidiram realizar mobilização popular para a próxima terça-feira, quando um documento com as propostas será entregue ao presidente da Alepa.

Como parte dessa mobilização, militantes de partidos e de entidades de direitos humanos farão distribuição de panfletos, no próximo domingo, na Praça da República.

PROGRAMAÇÕES - Durante a reunião, representantes de entidades informaram que diversos segmentos, como estudantes, trabalhadores e mulheres, organizam programações próprias para relembrar o Golpe de 1964. Também o governo do Estado prepara uma série de eventos com a mesma finalidade.

Para dar publicidade a todos os eventos a serem realizados sobre os 50 anos do Golpe, as entidades presentes decidiram elaborar e divulgar um calendário com todas essas programações.

Atualização: 07 de fevereiro de 2014 - 10h47

Entidades que estiveram representadas na reunião: 

Sociedade Paraense de Direitos Humanos (SDDH)

Sindicato dos Jornalistas no Pará (Sinjor-PA)

União Nacional dos Estudantes (UNE-Pará)

Levante Popular da Juventude

Desarquivando BR

Comitê Paraense pela Verdade

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA)

Mobilização Mundial das Mulheres (MMM)

União da Juventude Socialista (UJS)

Também estavam representados os mandatos parlamentares de Sandra Batista (vereadora PCdoB), Carlos Bordalo (deputado estadual PT), Claudio Puty (deputado federal PT) e Arnaldo Jordy (deputado federal PPS).

Sistema de Ensino Universo

O Instituto de Artes do Pará (IAP) foi o único órgão público presente.