terça-feira, 10 de abril de 2012

GOVERNO LIBERA R$ 2,4 MILHÕES PARA RECUPERAÇÃO DE RODOVIA NO OESTE


Próximo à comunidade de Turará, em Monte Alegre, a água do rio Maicuru invade a pista e causa transtorno a motoristas e outros usuários

Hoje, finalmente, com o atraso de pelo menos quatro meses, a Secretaria de Estado de Transporte (Setran) publicou, na edição de hoje do Diário Oficial do Estado, ordem de serviço para a "retirada de pontos críticos" em um trecho de 130 quilômetros da Rodovia PA-254. O citado trecho fica entre as comunidades de Jutuarana, no município de Prainha, e São João, no município de Alenquer.

Mas o quadro deplorável não afeta apenas a PA-254. A situação é semelhante em todas as rodovias estaduais no Oeste do Pará, que estão tomadas por lama, buracos, atoleiros e pontes quebradas. 

Segundo a deputada Josefina Carmo (PMDB), que esteve lá na semana passada, todas as onze rodovias lá existentes estão com a trafegabilidade comprometida. As mais danificadas pelas chuvas e erosões são as PA's 255, 423, 254 e 421. A PA-255 faz a ligação do porto de Santana do Tapará, em Santarém, à maioria das rodovias na Calha Norte. No trecho próximo à comunidade de Turará, em Monte Alegre, a estrada está tomada por atoleiros, sob efeito da subida das águas do rio Maicuru. Segundo Josefina, os veículos, mesmo os traçados, só conseguem superar os atoleiros ajudados por tratores.

A PA-421, também conhecida como estrada do Açaizal, em Monte Alegre, com 10 quilômetros de extensão, está totalmente intrafegável, deixando dez comunidades isoladas. Na PA-254, a ponte sobre os igarapés do Acendino, no município de Alenquer, e da Lontra, no Km 45, em Monte Alegre, tão danificadas pela força das águas. 

Nas condições em que se encontram, as rodovias deixam de ser o melhor o caminho para ambulâncias e equipes de saúde que costumeiramente vão às comunidades rurais para atender à população. Também o transporte escolar e a distribuição de merenda escolar fica comprometida. Mas os prejuízos maiores são para os produtores rurais, impedidos de escoar a produção ou de ir às cidades para tratar de negócios de seus interesses. Aposentados e usuários dos programas sociais do governo igualmente sofrem com os deslocamentos aos bancos para receber seus benefícios.

Mas, segundo Josefina Carmo, essa é uma situação que poderia não estar tão grave. "Desde o final do ano passado que solicito obras de recuperação das rodovias estaduais no Oeste, principalmente as da Calha Norte, mas somente agora os serviços começam a ser feitos, com muito atraso".

A obra anunciada pela Setran, que será realizada pela empresa Via Pará Construtora Ltda, terá custo de R$ 2,45 milhões. A 10ª Regional da Setran, baseada na cidade de Alenquer, vai companhar a execução da obra.

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