terça-feira, 10 de janeiro de 2012

NA BASE DE APOIO AO GOVERNO DILMA, O PMDB FOI O MAIS INFIEL

No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, PSB e PCdoB, aliados históricos do PT, mantiveram um grau de fidelidade próxima a 70% nas votações de interesse do Executivo no Congresso Nacional, sendo superados apenas pela adesão da própria bancada petista. Mesmo sendo parte do governo e ocupando a vice-presidência, o PMDB não figura entre os partidos mais fiéis, considerando todas as votações de interesse do Palácio do Planalto realizadas no ano passado.

Em sua estreia, o PSD do prefeito Gilberto Kassab também se comportou com a lealdade dos governistas, atingindo no seu primeiro mês de votação, novembro, adesão superior a 90% nas vorações de interesse do governo. Os dados são de levantamento feito pela consultoria Arko Advice, especializada em estudos sobre o comportamento dos parlamentares.

Segundo o levantamento, 73,71% dos deputados petistas apoiaram o governo na votações do ano passado, contra 64,21% dos peemedebistas - este percentual considera apenas os votos a favor dados pela bancada e computa as ausências. Quando a comparação é feita apenas entre o tamanho da bancada e o apoio, o percentual de adesão partidária é maior, com PT aparecendo com 94,82% de fidelidade e PMDB com 88,16%.


PS: A promiscuidade e ausência total de princípios programáticos ou éticos nas alianças partidárias no Brasil muito contribuíram para a banalização e ridicularização da política.

Aos governos resultantes desta prática asquerosa restam a partilha dos cargos públicos, a cada um cabendo parte do butim, e a repetição de escândalos na aplicação do dinheiro público. Aos cidadãos, a crescente ojeriza a essa prática nada enobrecedora e os prejuízos que lhes são impostos pela corrupção e tantas outras patifarias cometidas por bandidos ocupantes de cargos públicos.

O que se vê nas administrações públicas Brasil afora, a começar por Brasília, não se trata de mera coincidência. O retrato dessas alianças se expressa no fato de que PT e PMDB vão se enrentar, certamente, em 14 capitais nas eleições municipais deste ano.

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