terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CEARÁ: GREVE DE POLICIAIS SE EXPANDE E SEGURANÇA ENTRA EM COLAPSO

Em cinco dias de paralisação, a greve de policiais militares e bombeiros no Ceará se espalhou por todo o estado, deixando regiões inteiras desprotegidas e alterando a rotina do comércio e da prestação de serviços à população. Lojas, quiosques nas praias, postos de saúde e o tribunal do estado fecharam as portas por falta de segurança. Além disso, há risco de um dos principais aeroportos do Ceará, o de Juazeiro do Norte, ficar sem condições de funcionamento.

Um relatório divulgado na página da Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará detalha a situação nas principais cidades cearenses. De acordo com os dados, os policiais de Juazeiro do Norte (inclusive a Penitenciária Industrial do Cariri) aderiram totalmente à paralisação. A cidade fica no sul do estado e tem cerca de 250 mil habitantes.

Os bombeiros do aeroporto de Juazeiro também deflagraram paralisação, o que pode impedir pousos e a decolagens no principal aeroporto da Região do Cariri. No entanto, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que os militares estão trabalhando e o funcionamento ainda não foi prejudicado.


PS: Esse é o tipo de caos público que deve ser evitado a todo custo, assim como na educação e na saúde públicas, exatamente porque a vítima única são os cidadãos, que financiam essas atividades.

Diferente daqueles que estimulam e fazem festa a essas manifestações radicais, eu aposto no único caminho possível: o diálogo para a negociação.

Atualização às 20h50

NEGOCIAÇÃO PODE POR FIM Á GREVE

Após seis dias de greve da polícia militar e dos bombeiros, o governador do Ceará, Cid Gomes, recebe, na noite desta terça-feira, em seu gabinete, uma comissão de representantes dos trabalhadores. 

De acordo com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados Militares do estado, Flávio Sabino, as categorias estão inclinadas a aceitar a proposta apresentada mais cedo pela procuradora-geral de Justiça Socorro França.

Sabino não quis falar sobre o porcentual de reajuste proposto pelo governo, para não atrapalhar as negociações, mas adiantou que no acordo está incluso um bônus de 859 reais a todos os policiais militares (atualmente, o benefício só é concedido a trabalhadores do turno noturno), uma redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais para a PM e a anistia a todos os policiais e bombeiros que participaram da greve.

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