segunda-feira, 21 de novembro de 2011

QUAL O DIFERENCIAL DO MERCADO DO VOTO ENTRE TAPAJÓS E CARAJÁS?

Dornélio Silva, especialista em pesquisa de opinião, enviou ao blog artigo analítico sobre as campanhas do SIM e do NÃO para o plebiscito sobre a divisão do Pará para a criação dos Estados do Tapajós e Carajás. O texto segue abaixo:

"Num município do nordeste paraense, um cantor da noite -, ao redor de uma mesa recheada de caranguejos, peixes assados, várias “geladas” e um grupo de amigos - antes de pegar na viola saiu com essa: “Que tal, nesse ambiente todo mundo aqui está “muuuuito” preocupado com a divisão do estado, sei lá e nem quero saber quem vai votar contra ou a favor, dividindo ou não, o que vai mudar na minha vida? – só sei que vou continuar tocando minha viola”.

Essa declaração espontânea demonstra muito bem o grau de apatia, até então, da população em relação à campanha empreendida pelo SIM e pelo NÃO. Ninguém mobiliza ninguém! Ninguém motiva ninguém! Nem a causa motiva ou mobiliza alguém! Ninguém se motiva a sair de casa para abraçar a causa. A não ser alguns poucos militantes com certa consciência induzida pela emoção. A “espetacularização” dos programas de TV e rádio era a grande expectativa dos “donos” do processo para que esse ente inerte chamado povo-eleitor pudesse espreguiçar-se e, quem sabe, começar a ter forças para levantar-se e começar a comentar – pelo menos – em bares, no trabalho, em casa. Será que isso está acontecendo? Será que a força da TV e Rádio está conseguindo acordar este eleitor do “berço esplêndido” ao som dos bregas, dos carimbós, dos sertanejos e das vozes apelativas e chorosas nos palcos televisivos? Pela declaração de nosso cantor da noite, a apatia e o desinteresse continuam a abraçar nosso Grande Eleitor!

Historicamente e culturalmente não votamos em ideias, infelizmente! Os partidos existem para viabilizar candidaturas. As regras do sistema eleitoral determinam a forma que influencia na decisão do voto. As campanhas são personalizadas. Votamos em pessoas. Não há abstração. Existe o João, a Maria, o Antonio, o Manoel que receberá meu voto para me representar. Essa eleição plebiscitária é atípica: vou votar numa ideia, numa abstração. O que move a consciência do eleitor para a decisão do voto? Em eleições personalizadas como é a nossa, muitos são os motivos, passando do psicológico/emocional, dos interesses de grupos sociais onde a conversação social pode formar opiniões individuais, e dos interesses utilitaristas; dos que votam se esse ato for visto como potencialmente capaz de trazer-lhes algum benefício social ou econômico, e tem aqueles que votam por seus bolsos.

Em todo o processo de campanha política há os ingredientes intrínsecos ao eleitor de paixão e de interesse. O ato de votar implica em escolher a alternativa que produza o melhor resultado ou escolher entre as alternativas disponíveis que garanta minimamente a satisfação de seus interesses. Então, quando o custo de votar não for compensado pelos benefícios derivados de determinadas ações por quem se propugna a ser governo ou legislativo, o eleitor não vota. Agora imagine numa eleição – o plebiscito – onde não existem candidatos? A vacância na mente do eleitor seja ele médio ou comum é enorme. 

Os defensores do SIM e do NÃO ensaiaram timidamente na região do Pará remanescente alguns momentos de campanhas. A maioria desses ensaios foi localizado através de eventos de debates. O povão, a grande maioria, aquele que decide a eleição passou ao largo. Os defensores do SIM e do NÃO apostaram tudo na TV e Rádio. O palco televisivo seria o instrumento para esclarecer, informar, mobilizar e convencer os eleitores para votar nesta ou naquela proposta.
Depois de uma semana de horário eleitoral, o que se vê do lado do NÃO é uma densa dose de paixão/emoção, de sentimento de perda e de vitimização; do lado do SIM intensa manifestação de racionalidade propositiva.

Por outro lado, ao invés de informar, estão desinformando a população. Os dois, tanto SIM quanto NÃO, fazem os programas como se fossem apenas UM voto (SIM ou NÃO e estará tudo resolvido). Não apresentam informações precisas do porque EU tenho que votar SIM no Tapajós ou Carajás; mesma situação do NÃO, não apresentam também informações do porque que eu tenho que votar Não no Tapajós e Carajás.

Os marqueteiros tanto do SIM quanto do NÃO colocaram tudo dentro da mesma panela, temperaram com os mais variados ingredientes a gosto e, agora, oferecem a sopa aos eleitores, afirmando que “a minha sopa é a mais gostosa e suculenta do que a sua”. Será que o povo está conseguindo tomar essa sopa? Não percebem que dentro desta panela existem ingredientes completamente diferentes que tem dificuldade de se misturar. O que se tem em comum é que Tapajós e Carajás querem se emancipar.

Para tornar realidade e tentar convencer o eleitor - primeiro pra ir no dia 11/12 votar, segundo pra votar na minha proposta -, cada região emancipacionista deveria falar com sua linguagem própria. Tapajós tem características culturais, econômicas, sociais, históricas completamente diferentes do Carajás; que também tem características completamente dispares do Tapajós. Por que não mostrar isso à população? Qual o diferencial do mercado do voto que a TV e Rádio estão me apresentando para EU, eleitor, poder escolher se quero ou não o Tapajós emancipado; se quero ou não o Carajás emancipado? – infelizmente, até o momento, nenhum. Tapajós está perdendo a grande oportunidade de sua luta histórica de 154 anos. O tempo de campanha é exíguo, não há prorrogação".

Dornélio Silva
Especialista em pesquisa de opinião
Mestrando em Ciência Política – PPGCP/UFPA

8 comentários:

Anônimo disse...

PALAVRAS ASSASSINAS DO BELENENSE ELISEU PATRIOTA SOBRE A CARREATA DO SIM NO DOMINGO

Sinto falta de gente igual o lendário Almir...

Nunca votei no mesmo, mas hoje votaria só para ele mandar a polícia daqui de Belém matar todos os separatistas numa curva qualquer, num lugar qualquer, mum Sul qualquer...

A polícia daqui dá conta de todos... é só colocar em fila de 7 em 7

Eliseu Patriota - Via Facebook

É ESSE O PARÁ QUE QUEREMOS, CHEGA DE COLONIALISMO ?
SIM AO DESENVOLVIMENTO.

Blog do Piteira disse...

Anônimo(a),

li poucas coisas nojentas, fétidas e facistas que esse Patriota - com jeito e cara de idiota doente - anda escrevendo. Não terá a minha atenção, não darei a ele esse prazer.

Devemos ignorá-lo, menos o Ministério Público, que poderia tomar alguma iniciativa contra ele. O que ele fala é preconceito puro, fascismo, desrespeito à pessoa humana.

Mas as palavras dele expressam exatamente o desespero em que se encontram os comandantes do NÃO e seus minguados asseclas. A cada palavra infame que ele escreve, milhares de cidadãos paraenses abraçam o SIM.

Tapajós, SIM!!

Piteira

Cético disse...

Caro Piteira,
Hoje tive uma grande decepção com nosso presidente João Salame.
O programa publicitário preparado por Duda, que daria a resposta ao nosso governador, colocando-o em seu devido lugar, estava PRONTO para ser veiculado.
Porém, 30 minutos antes de ser distribuído, João Salame o interceptou, deu xilique e proibiu que fosse ao ar. Alegou que é da base do governo e não quer se indispor com o governador.

Duda ficou irado, disse que esta luta é apartidária, que não podemos correr risco de perder este plebiscito por posicionamentos pessoais.

Porém, a contragosto, a vontade de João Salame foi atendida.

Na equipe de Duda, que ameaçou abandonar a campanha caso houvesse mais algum tipo de interferência deste calibre, pairou o ar de desânimo, de desistímulo. Todos, sem excessão, "jogaram a toalha".

Perante a atitude de nosso presidente, fico me perguntando: Quando ele bateu no peito e desafiou o governo na entrevista do SBT era tudo TEATRO???? Quando chega o momento de honrar a causa que publicamente defende, e enfrentar o governador ele "dá pra trás" ??? Quais são as reais intenções de João Salame??? Apenas aparecer como um pavão, para se promover???
Uma atitude como a que teve João Salame na tarde de hoje, me faz duvidar, inclusive, de seu carater.

Anônimo disse...

COMENTÁRIO DE ANDRE PAXIUBA SOBRE AS PALAVRAS DO GOVERNADOR SIMÃO JATENE APRESENTA DADOS INTERESSANTES.

Permita-me lembra-lhe governador de alguns números para o senhor refletir melhor: O Pará possui algo em torno de 5.300km de rodovias estadual asfaltada. No Tapajós são apenas 127km; em 2010 o governo do estado gastou em despesas públicas e investimento aproximadamente R$ 12 bilhões de reais. No tapajós que detém 58% de todo território do Pará, o gasto foi de R$ 520 milhões, menos de 5%. A renda percapta do município de Santarém está estacionada em R$ 454,00 reais. O governo não tem capacidade de investimento pois fecha o ano com déficit fiscal de (R$ 110milhões em 2010). Como dar solução a esses problemas com um Estado gigante e deficitário? A solução governador é mesmo a emancipação do Tapajós. Diga 77 o senhor também.

O Pará já está dividido, sempre esteve. Portanto, que seja legalizado como tal, já que um povo não pode viver subjugado. O povo não pode ser infeliz. Pessoas não podem conviver com mágoas. Vamos votar Sim ao Tapajós, será nossa carta de alforria.

O plebiscito é um processo democrático – Esta é a primeira vez que o povo do Pará é chamado para tomar uma decisão importante, decisão que pode mudar sua vida para melhor. Mas as velhas elites políticas de Belém não gostam disso. Tudo que pode ser melhor para o povo contraria a vontade dessas elites, acostumadas a mandar e decidir pelo povo, a se dar bem com o dinheiro público. Esta é uma rara oportunidade que têm os paraenses para mudar o rumo da sua própria história e construir um futuro melhor para esta e as gerações futuras.

ESTADO DO TAPAJÓS É DESENVOLVIMENTO.

Anônimo disse...

Carajás e Tapajós:
Dividido em três, o Pará será mais rico e mais cobrado pela população
Artigo: Leonardo Attuch /
Colunista da ISTOÉ

Nas mãos dos eleitores do Pará, no domingo 11, o Brasil tem uma chance histórica para dar dois passos à frente. Cerca de 4,6 milhões de paraenses irão às urnas para votar no plebiscito que pode dividir sua atual área territorial em três, criando dentro dela os Estados de Carajás e Tapajós. À primeira vista, de pronto se enxerga mais políticos (dois governadores, seis senadores, dezenas de deputados federais e estaduais) e novas estruturas de poder (sedes governamentais, assembleias legislativas, etc.). Uma antevisão, infelizmente, forte o suficiente para embotar a razão, mas que precisa ser ultrapassada. Esses dois novos Estados, se aprovados, terão extrema importância para a economia não só do Pará, mas de todo o Brasil.

Tome-se, em benefício da análise, as mais recentes criações de Estados no Brasil. É consensual, hoje, que o corte do antigo Mato Grosso em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, efetuado em 1977, foi um acerto de duração permanente, mesmo tendo ocorrido em plena ditadura militar. A divisão daquela imensa área levou para municípios e populações antes desassistidas novos serviços públicos. Estes, por sua vez, aceleraram o desenvolvimento econômico e social regional, consolidando atualmente Mato Grosso do Sul como um dos maiores produtores de alimentos do País. Não houve, como contrapartida, qualquer esvaziamento da riqueza inerente a Mato Grosso. Mais recentemente, em 1988, nasceu, de um vértice de Goiás, o Estado do Tocantins. Imediatamente após sua criação, a nova capital, Palmas, tornou-se um grande polo de atração de indústrias e serviços.

Onde hoje há apenas o gigantesco Pará, com seu 1,24 milhão de km² (equivalente a quatro Itálias!) de conflitos sociais e péssimos indicadores de ­desenvolvimento humano, amanhã o quadro tem tudo para ser outro – caso os eleitores locais superem a desinformação inicial e abram passagem para o crescimento. Vítima do desmatamento, por meio do qual o banditismo impera e se produz um noticiário repleto de crimes políticos e chacinas, sabe-se, há muito, que a atual estrutura de governo do Pará é insuficiente para elucidar todas as suas complexas equações. Os fracassos administrativos se acumulam, governo após governo, à esquerda ou à direita. A verdade é que há, naqueles limites, um Estado cujo tamanho equivale ao de vários países europeus, mas apenas um único e singular governo.

Ao mesmo tempo, Carajás e Tapajós nasceriam sobre terras férteis para a agricultura, ricas para a mineração e amplas o suficiente para que nelas conviva o gado. Administrações mais próximas da população local seriam mais cobradas, melhor fiscalizadas e teriam, dessa forma, renovadas condições para preencher o atual vácuo administrativo.

O Brasil, cujo tamanho territorial é comparável ao dos Estados Unidos (8,5 milhões de km² contra 9,6 milhões de km²), chegou a um PIB de US$ 2,19 trilhões em 2010. O irmão do Norte, mesmo combalido, atingiu US$ 14,7 trilhões – mais de seis vezes maior. Aqui, são 27 Estados. Lá, 50. A relação entre produção de riquezas, território e organização administrativa, goste-se ou não, é direta.

EMANCIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Anônimo disse...

DE COLÔNIA A ESTADO DO TAPAJÓS.

É preciso fazer a crítica do discurso que está sendo usado nessa campanha pela turma reacionária que é contra a emancipação de tantas pessoas sofridas do interior que somente buscam melhoria de suas vidas e de seus descendentes.

Na campanha contra a emancipação da Região do Tapajós estão sendo utilizados todos os tipos de manobra, as quais vão da utilização descarada de veículo de comunicação concessionário da transmissão de TV como a ORM de Belém, passando pela utilização de falácias lógicas empregando o discurso de gente “famosa”(?) da Região de Belém, que de Política, Direito e Economia e muito menos da situação do interior entende quase nada, e que nem mesmo moram no Estado. Chegam à não bastasse tudo isso às mentiras de injúrias contra os integrantes da frente pró-emancipação. Mentiras como a insinuação de que a população do Pará remanescente pagará as contas dos novos Estados são difundidas. Insinua-se isso ao afirmarem que a criação dos órgãos trará despesas, as quais sabem serão arcadas como os recursos dos novos Estados não havendo, portanto, ônus ao povo do Pará remanescente. Isso é lógico: os paraenses não pagam as despesas do Estado do Amapá por exemplo.

O que os políticos à frente do movimento contra a emancipação da Região do Tapajós não apresentação são alternativas à Emancipação. O que eles não dizem é o porquê de não haver políticas públicas de descentralização de investimentos produtivos e que elevem a qualidade de vida e gerem empregos no interior.

O que por eles não é explicado é porquê de não haver em toda a Região do futuro Estado do Tapajós uma estrada estadual asfaltada que ligue uma cidade à outra (exceto o trecho entra Santarém e Mojuí dos Campos, isso porque esta virou município a pouquíssimo tempo).

Não dizem esses políticos que somente a menos de oito anos a Região do Tapajós ganhou dois hospitais estaduais em toda a história do Pará, ou seja, levou-se mais de trezentos anos para isso ocorrer. Mesmo assim esses Hospitais (Altamira e Santarém) não funcionam em sua totalidade, faltando serviços médicos e equipamentos.

Não dizem é que inexiste uma metro de esgoto sanitário construído pelo Cosanpa em todo o interior e que no Tapajós embora banhado por pela bacia Amazônica em Itaituba, por exemplo, segundo dados da Cosanpa somente 12% das residências possui água encanada e mesmo assim falta água todos os dias nas torneiras. Ressalte-se que essa cidade é a segunda maior do Tapajós

Dizem ainda os críticos da emancipação do Tapajós que quem quer emancipar-se é de fora do Estado. Ora, desde de quando os moradores de Óbidos, Santarém, Faro, Altamira, Almerim, Itaituba, Oriximiná, etc.., cidades com mais de trezentos anos tem na composição da sua população gente majoritariamente de fora do território do atual Estado do Pará? Deveriam andar mais pelo Tapajós para ver o quanto estão errados.

Deve-se perguntar por que tanta má-fé dessa gente que coordena a campanha contrária à emancipação do Tapajós? Essa gente eleição após eleição desembarca na Região do Tapajós, promete mundos e fundos e depois de eleita ou reeleita desaparece e se encastela na Capital. Ainda acusam, com a cara deslavada, aos moradores dessa região de tentarem esquartejar o Pará. Falam em gastos, mas como Zenaldo Coutinho defendem projetos de ingresso de gente no funcionalismo público sem concurso público, defendem ainda a nomeação mês a mês de assessores tipo Aspone do governador toda a semana, pagos com o dinheiro do contribuinte, enquanto isso faltam aos tapajônicos, estradas, saúde, educação de qualidade e seus moradores têm sua dignidade afrontada dia após dia.

União é mais que estar ligados geograficamente ou será que uma casal que está brigado há anos e sem se falar pode ser considerado unido somente por vier debaixo do mesmo teto. Esse podo contrário à emancipação age assim como o marido que não gosta e nem cuida da esposa, mas “não quer dar o divórcio”, porque ninguém pode dividir o que está junto por sua unilateral vontade.

SIM É DESENVOLVIMENTO

Anônimo disse...

Paulo Henrique Amorim, jornalista respeito em todo o País, desmente o NÃO e deixa belenenses furiosos.

As despesas com a implantação da máquina administrativa e as vantagens e as desvatagens para as regiões do Estado com relação ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) a partir da proposta de criação dos estados do Carajás e Tapajós, desmembrados do Pará, continuaram a ser os temas principais do horário de propaganda política das frentes contra e a favor da divisão do Estado no plebiscito de 11 de dezembro, ontem à noite, na televisão.

A Frente a favor da criação do Estado do Tapajós exibiu uma entrevista com o jornalista econômico Paulo Henrique Amorim, que afirmou não ter como não dar certo a divisão do Pará. Ele argumentou que o Estado do Tocantins era pobre, até mais que o Tapajós, e passados 22 anos, é o quinto Estado mais desenvolvido do País, enquanto Goiás é o nono. A mesma situação de desenvolvimento, segundo o jornalista, aconteceu em relação aos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. A participação do jornalista na campanha do "Sim" causou surpresa em Belém e até um clima de indignação entre eleitores do "Não" nas redes sociais. Muitos consideraram que um jornalista da região Sudeste do Brasil não deveria opinar sobre uma questão interna do Pará. O nome do jornalista figurou durante um bom tempo entre os assuntos mais comentados no Brasil no Twitter.

Em seu pronunciamento, Paulo Henrique Amorim reafirmou a previsão de que com a divisão do Estado, os R$ 2,9 bilhões do FPE repassados hoje ao Pará passariam a ser de R$ 5,9 bilhões, ou seja, R$ 3 bilhões a mais por ano, a serem divididos entre os três estados. Sobre a perda de receita ao Pará com a divisão, Amorim destacou que o Pará ganharia com a exportação de minérios de Carajás, enquanto o novo Estado é que sofreria os efeitos da Lei Kandir, que desonera na origem a exportação de bens primários. O jornalista ressaltou que, com a divisão, em um primeiro momento, o Pará seria beneficiado pela estrutura de portos, aeroporto, indústria e áreas para produção de biodiesel; Tapajós ganharia uma estrutura de gestão e de investimemtos futuros e Carajás seria beneficiado com o aproveitamento de seus rebanhos e estrutura de frigoríficos.

A emancipação trará desenvolvimento a toda essa região.

Anônimo disse...

ORGULHO BESTA NÃO ENCHE BARRIGA, É PRECISO ACABAR COM A MISÉRIA DO PARÁ

Pelo menos para alguma coisa serviu o passeio da equipe da Rede Globo pelo Pará: para mostrar ao Brasil, em palco tão reluzente, e aos próprios paraenses, o que todos vemos todos os dias, isto é, quadros de aguda e vergonhosa miséria que infelicita este Estado em todos os seus quadrantes.

Miséria encontra-se pelo País todo, mas não na intensidade e na extensão com que se verifica, por exemplo, em Belém. Não existe no Brasil uma cidade deste porte com tamanha exposição de feridas sociais tão desumanas. Metade da população desta cidade vive nas famosas Baixadas, como aqui chamamos as favelas. Milhares de famílias vivem literalmente dentro da lama, na borda dos igarapés imundos, nos ambientes mais infectos imagináveis.
Situações semelhantes, obviamente em ponto menor, observa-se em Marabá, Santarém, Ananindeua, Castanhal, em Breves e em todo o paupérrimo Marajó, assim como em todo o vasto interior. Parece que pouco mudou nesta parte da Amazônia depois de 1835, quando os Cabanos viviam tão explorados e excluídos que, em certo tempo, quando morriam, seus corpos eram jogados aos urubus. Só eram dadas sepulturas aos brancos.
Por que será que, numa região tão rica em bens naturais, a maioria dos seus habitantes amarga uma miséria tão desgraçada assim?
Pois é esse panorama de tristeza e de revolta que está subjazendo à campanha do plebiscito do próximo dia 11 de dezembro. No começo da campanha, os do Não diziam que Carajás era rico e que o Tapajós era pobre. Os de lá diziam que Belém concentrava a maior parte da riqueza do tesouro estadual, o que é verdade, mas não toda.
Nesta última semana Sins e Nãos parecem ter caído na real e passaram a eleger a miséria como cabo eleitoral comum,
VAMOS DEIXAR O ORGULHO DE LADO, É PRECISO TER VERGONHA DESSA MISÉRIA. DIGA SIM AO DESENVOLVIMENTO DO NOVO PARÁ
77 e 77