domingo, 22 de maio de 2011

SONEGAÇÃO FISCAL CHEGA A 32% NO PARÁ

A sonegação fiscal no Pará é uma farra. A média nacional é de 30%, mas no Estado, segundo informações não confirmadas pelo secretário estadual de Fazenda, José Tostes Neto, que há três meses assumiu o cargo, a sonegação estaria em 32%. 

O pior é que a postura dos sonegadores conspira contra o desenvolvimento regional. Os impostos que eles deixam de recolher aos cofres públicos representam a sonegação da comida que falta na mesa dos miseráveis, a ausência do medicamento e do atendimento médico da qual se ressentem os postos de saúde, a precariedade de investimentos na educação e na construção de novas moradias no Estado.

José Tostes garante, em entrevista ao DIÁRIO, que a situação, depois de “ajustes”, está melhor do que antes de ele assumir. E avalia que a arrecadação poderá subir com o combate implacável à sonegação e o apoio até mesmo da tecnologia. Os métodos dos fraudadores são sempre os mesmos, sai governo, entra governo. A fiscalização apertou o cerco, mas o secretário observa que os contribuintes envolvidos resistem ao combate das irregularidades “de forma até acintosa”.

Para ele, a sonegação no Estado é um problema muito grave e que deve merecer também a fiscalização da sociedade porque é uma prática altamente prejudicial aos cofres públicos. A postura agressiva dos maus contribuintes é produto de causas que envolvem questões culturais e da cultura maléfica de que sonegar é bom. Há também aquele tipo de contribuinte que quer sempre tirar o máximo do Estado sem dar a contrapartida da obrigação de todos que é o recolhimento de impostos.

O combate a isso tudo passa pela necessidade do aprimoramento dos controles da fazenda estadual, da melhoria da sua estrutura, da capacitação de seus servidores, enfim, da melhoria da própria administração tributária do Estado, de acordo com o secretário.


Fonte: www.diariodopara.com.br

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