Por motivo até agora não identificado, não chegaram a Monte Alegre, ontem, conforme previsto, os servidores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) Djalma da Silva Miranda, Raimundo Nonato Launé dos Santos e Olavo Craveiro Rodrigues, que integram comissão de sindicância investigatória criada pelo titular do órgão, Nilson Pinto de Oliveira, para “apurar fatos constantes nos autos do Processo nº 345329/2010, no que tange ao provável envolvimento de servidor desta SEDUC, nas irregularidades de desvio de conduta moral e ética, de um caso de Pedofilia, ocorrido na cidade de Monte Alegre”.
O que se sabe, até agora, é que o funcionário acusado é Max Canuto, professor da Escola Tecnológica do Pará (Eetepa), que disputou o cargo de vice-diretor na última eleição para aquela escola, no ano passado. A denúncia contra Max surgiu naquele processo eleitoral, no qual ele e a candidata a diretora eram claramente de oposição à direção da 6ª Unidade Regional de Ensino (6ª URE) e ao governo petista. Eles acreditavam que, com a denúncia contra Max, a comissão eleitoral da Eetepa impugnaria a chapa opositora, o que não aconteceu.
A denúncia contra Max tem todas as digitais da falsidade, forjada por pessoas diretamente interessadas na eleição da então diretora da Eetepa e também candidata Nalva Pimentel, neopetista de última hora. Para formalizar a denúncia, a “companherada” forjou documentos falsos e tascou o nome de uma servidora da 6ª URE como autora, sem a devida aquiescência desta. Como ninguém consegue mentir e enganar tantos por muito tempo, a servidora usada como “laranja” descobriu a farsa, juntou os documentos falsificados e agora está determinada a provar que não tem nada a ver com o caso, que desconhece qualquer fato relacionado à denúncia e que não é autora da acusação. E mais: que sabe quem são os autores da falsificação dos documentos e da falsa acusação contra Max Canuto.
A “chapa branca” que disputou a eleição contra a chapa de oposição teve o apoio integral da direção da 6ª URE, da “companherada” e do STTR local. Até vereadores petistas e a direção de uma cooperativa rural, também transformada em apêndice petista, se envolveram na campanha de Nalva. Mas nada deu certo. A chapa de Max foi a vencedora, apesar de nunca ter sido empossada pela direção da Seduc, por razões óbvias.
Os membros da comissão de sindicância criada pela Seduc não chegaram, ontem, a Monte Alegre. Mas, se a determinação do órgão for pra valer, pra investigar a fundo, apurar responsabilidades e punir exemplarmente, eles chegarão. E aí será um “Deus me acuda!”.
Max Canuto e a servidora da 6ª URE usada como “laranja” estão prontos para ser ouvidos. Que os fatos sejam revelados com a investigação. E que o trabalho desta seja primordialmente isenta, para o bem da verdade.
A comissão foi criada pela Portaria Nº. 04/2011 - GAB/SIND, publicada na edição do Diário Oficial de 21 de março passado. Ela terá trinta dias para realizar o trabalho de apuração, prorrogável por mais trinta.
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