quinta-feira, 22 de abril de 2010

A FEIA SANTARÉM, OS TRISTES SANTARENOS

O mundo inteiro reconhece as belezas naturais de Santarém, no Oeste do Pará. A vila de Alter do Chão foi eleita o balneário com as melhores praias do Brasil. Mas Santarém está feia e nós, santarenos, tristes.

Ontem, in loco, pude confirmar o quanto a minha querida cidade está jogada ao abandonada, as vias públicas esburacadas, tomadas pela lama, com o lixo se acumulando nas esquinas. Nenhuma obra de prevenção foi realizada no verão passado. Agora, com as fortes chuvas do inverno, as cenas da cidade são tristes, horrorosas, lamentáveis.

Anos atrás, por conta das disputas bairristas entre as cidades da região, dizia-se, de forma preconceituosa, que, se houvesse uma guerra entre Manaus e Santarém e se, ao invés de metralhadora e canhão, se usasse "as mulheres da vida" nas frentes de batalha, a cidade baré não perderia batalha alguma. Hoje, se os buracos e a lama de Santarém fossem usados como arma de guerra em uma hipotética disputa, a Pérola do Tapajós seria vitoriosa, sempre. Mas seriam vitórias de Pirro.

Parecem cômicas tais comparações, mas, na verdade, são trágicas, pois refletem a combinação desastrosa de incompetência administrativa e política dos atuais gestores, a omissão dos dirigentes da sociedade, inclusive a conivência dos órgãos de Imprensa, com a impiedade da natureza.

Lá, os taxistas se queixam que quem mais ganha dinheiro em Santarém, hoje, são os donos de oficinas e de lojas de peças de carro. Os donos de automóveis, os que arcam com os maiores prejuízos. Esses comerciantes são os únicos que estão adorando o governo da prefeita Maria do Carmo e torcem pela reeleição da governadora Ana Júlia, afirmam os taxistas. Aos demais cidadãos, restam a revolta e a oportunidade de dar o troco, em outubro próximo.

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