quarta-feira, 17 de março de 2010

NUANCES DE UMA DECISÃO QUE NÃO DEVE TARDAR

A movimentação de Jader Barbalho junto aos membros das bancadas federal e estadual do PMDB é típica de candidato ao governo.

"Ele pensa e age como candidato ao governo", dizem parlamentares do partido, que foram solicitados a fornecer a ele, com a máxima urgência, informações detalhadas do quadro político-partidário-eleitoral de cada um dos 143 municípios paraenses - Mojuí dos Campos ainda não está instalado.

Os membros do partido notaram mudança significativa e positiva na postura de Jader diante da necessidade de definição do quadro eleitoral do Pará. E estão imensamente animados com essa possibilidade. E serelepes. E saltitantes.

Fonte interna garante que, hoje, em Brasília, pode estar se decidindo o quadro da composição partidária no Pará. A mesma fonte garante que Jader entregou a Lula, no início deste mês, os relatórios de pesquisas eleitorais que mandou fazer no Pará. Não querendo desconfiar, mas desconfiando, Lula teria mandado fazer uma pesquisa no Estado, que confirmou pesquisa de Jader. Mandou fazer uma segunda e ... confirmou de novo. Em todas, Ana Júlia aparece com rejeição superior a 65% e intenção de voto para o governo nunca superior a 18%. Na cabeça, Jader Barbalho, com Jatene em segundo lugar.

Diante desse quadro, a cúpula petista volta a debater, agora em caráter terminativo, porque o prazo está se esgotando, a possibilidade de uma eleição para o governo SEM Ana Júlia. Ou seja: Ana, sem a menor possibilidade de reeleição, poderá renunciar ao cargo, no dia 31 de março, e candidatar-se a uma das duas vagas ao Senado. Mesmo nesse cenário, quem garante que Ana Júlia teria condição de eleição ao Senado?

Mas, para ser candidata ao Senado, Ana Júlia teria que ter vaga, o que somente seria possível se o PT sair com chapa pura ou com os partidos nanicos. Se se mantiver a aliança com o PT, o que é pouco provável, uma das vagas seria do PMDB. Ainda neste cenário de aliança PT/PMDB, quem seria o candidato à cabeça? Paulo Rocha ou Jader?

Uma reunião, hoje, em Brasília, trataria desse assunto e o martelo seria batido, com as presenças de Alexande Padilha, ministro das Relações Institucionais, Ana Júlia e o próprio Jader.

As apostas estão abertas. Quem dá o primeiro lance?

PS: Neste caso, o que fará Odair Corrêa? Assume a vaga de Ana Júlia e vira governador do Estado por nove meses? Ou também se afasta para ser candidato a deputado federal, como deseja?

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