quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

BELO MONTE: CNBB CONDENA, IBAMA RATIFICA LEGALIDADE

Os bispos do Brasil se queixam, mas o Ibama garane que cumpriu todas as exigências legais. E eventos não oficiais também debateram os impactos de Belo Monte.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, hoje, uma nota em apoio aos bispos do Pará e Amapá que se manifestaram contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu. Segundo o texto, a entidade tem “grande preocupação” com a população da região, já que a licença prévia para construção da usina já foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Os bispos pedem às “autoridades brasileiras” que a construção da usina não comece sem que sejam proporcionadas “reais oportunidades para que as populações implicadas possam debatê-lo e tenham suas considerações respeitadas”.

A conferência ressalta que a área a ser inundada vai desalojar indígenas e milhares de famílias de áreas ribeirinhas. “O processo não levou em conta os povos indígenas, os ribeirinhos e os que residem em bairros de Altamira, que serão certamente os primeiros prejudicados. Não levou em conta, igualmente, as considerações técnicas feitas por cientistas, a argumentação do Ministério Público Federal e as ponderações de movimentos sociais”.

IBAMA RESPONDE - Após ser criticado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) pela concessão da licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belomonte, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) afirma que cumpriu “todos os passos do processo, inclusive, ouvindo a população”.

A CNBB alega que a população ribeirinha e indígena que vive na região do Xingu será prejudicada e não teve “reais oportunidades” para debater o assunto. Mas, segundo o instituto, cerca de 8 mil pessoas participaram das audiências públicas que foram realizadas.

“O projeto original foi profundamente alterado e as condições que foram impostas pelo Ibama devem ser cumpridas para que seja autorizado o início das obras. E essas condicionantes atendem em especial nessa licença prévia a parte sócio-econômica, visando o bem estar das populações”, afirma o texto.

Para ler mais, http://www.agenciabrasil.gov.br/

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