terça-feira, 26 de janeiro de 2010

REAQUECE A MOVIMENTAÇÃO PELA CRIAÇÃO DO TAPAJÓS

Acontece em Santarém, hoje, na sede da Associação Comercial e Empresarial do município, mais um reunião do Comitê pela Criação do Estado do Tapajós. A coordenação espera a presença maciça de prefeitos, vereadores e representantes de entidades da sociedade civil ao evento.

A meta é discutir estratégias para pressionar o Congresso Nacional, principalmente os parlamentares paraenses e a mesa diretora das duas Casas, a incluir na pauta de votação o projeto que autoriza a realização do plebiscito. Uma das propostas a serem discutidas É a ida de uma delegação de representantes da região a Brasília.

Por telefone, a deputada Josefina Carmo (PMDB) confirmou presença. Ela vai reiterar as manifestações anteriores de apoio ao plebiscito e à criação do novo Estado.

Em manifesto ao projeto, Josefina afirma: "É politicamente legítimo o desejo de emancipação territorial e de criação de um novo Estado no Oeste do Pará. Historicamente, a proposta surgiu da necessidade de melhor administrar uma região de dimensões continentais. Políticas que pensaram o desenvolvimento regional até que existiram, mas seus resultados práticos foram e são desastrosos. O reaquecimento do desejo separatista, nos últimos anos, é o resultado mais imediato do fracasso dessas políticas e da ausência dos governos na região".

Em outra parte do texto ela diz: "Exatamente por isso (o sentimento de abandono e de esquecimento, ms também o desejo pela emancipação), a proposta de criação do novo Estado não deve se restringir ao plano político. Junto a este, é necessário se pensar um plano estratégico de desenvolvimento sustentável que seja exeqüível e, antes de tudo, que atenda aos interesses históricos da população regional. Portanto, um desenvolvimento que seja econômica, social e ambientalmente sustentável".


Para ler todo o texto, acesse www.josefinacarmo.blogspot.com

3 comentários:

Anônimo disse...

Não vamos generalizar. Os autênticos paraenses NÂO querem separação. Quem quer são os estrangeiros que aqui se instalaram e depois de usufruirem bastante de nosso Estado, agora querem se tornar os donos. Esperamos que os nossos parlamentares não entrem nesta roubada, pois , por detrás desta idéia, tem muitos interesses escusos. A maior provincia mineral se encontra exatamente nesta região. O atual governo se faz presente Sim, senhora deputada. O governo Ana Júlia voltou seu olhar para esta região e está fazendo revolução, trazendo progresso que em governos passados nem se pensava. Os paraenses da gema, repudiam esta idéia de separação. Os incomodados que se mudem, no caso os separatistas.

Blog do Piteira disse...

Anônimo das 19h29:

Exatamente pela boa e saudável liberdade de pensamento e expressão que o debate é possível e demonstra-se necessário.

Percebe-se, pelo teu texto, que moras em algum município do Oeste do Pará, justamente a região cuja população - nunca menos de 90% em todas as pesquisas que conheço - deseja separar do Pará, sim, e criar um novo Estado, o Tapajós.

Costumas andar pelos municípios da Calha Norte? E pela região sudoeste? Ainda que não tenhas andado por estas, deves saber que na região do Tapajós não existe um único metro de rodovia estadual. Mas poderá ter, se a governadora sancionar projeto de lei que propõe a estadualização da rodovia Transgarimpeira, em Itaituba.

Na Calha Norte, a ausência do governo estadual é ainda mais sentida, e por isso é sofrido aquele povo. E abandonado, sim.

Conheço bem as duas regiões e posso te dizer, Anônimo, que motivos não faltam para aquele povo querer a separação.

E posso te garantir: se os governos tucanos foram ausentes (e isso é verdade), mais ausente está sendo o governo da Ana Júlia. Assim, acho legítima, do ponto de vista político, a vontade daquela população querer se separar.

Mas isto é apenas um debate de idéias e informações.

Blog do Piteira disse...

Ah, Anônimo, que tal da próxima vez te identificares?

O anonimato não é saudável para discussões tão importantes como esta. A identificação dos comentaristas dá mais personalidade ao debate, que fica mais verdadeiro, democrático.

Lembras da liberdade de pensamento e expressão que citei àcima? É para ser plenamente usada.