O alto índice de analfabetismo no Brasil, que atualmente está em 9,8%, foi fortemente criticado durante debate no Fórum Social Mundial Temático da Bahia, que teve início nesta sexta-feira. "Não importa se o Brasil vai ser a quinta economia do mundo. Se ele mantiver um índice de quase 10% de analfabetos como tem hoje, ele será um fracasso. Esse índice de analfabetismo é um fracasso do ponto de vista do desenvolvimento", afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), professor Roberto Franklin Leão.
O professor questionou o modelo pedagógico adotado pelo Ministério da Educação e pelas secretarias estaduais de educação, a falta de infraestrutura das escolas e os baixos salários dos professores.
"Nós conseguimos aprovar no Congresso um piso nacional para os trabalhadores da educação e assim que o presidente sancionou, os três Estados mais ricos do país - São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul - começaram a se movimentar contra. Não é porque eles não possam pagar e, sim, porque fizeram uma opção política de estimular a disputa nas escolas e não os bons salários", completou.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, ressaltou os avanços sociais alcançados nos últimos dez anos, desde o primeiro Fórum Social Mundial. Mas, segundo ele, ainda há muito o que ser feito na educação.
Fonte: Agência Brasil.
2 comentários:
Quando comentei com um amigo que eu iria fazer uma viagem de aventura pelos Andes, atravessando a Bolívia de um lado a outro, com destino a Machu Pichu, no Perú, fui aconselhado a me preparar para ver apenas pobreza pelo caminho.
Durante a viagem entre Cochabamba e La Paz percebi que o motorista do ônibus mastigava umas folhas secas tiradas de uma saco plástico situado sobre o painel do veículo.
No restaurante, após o almoço, foi servido chá de coca para facilitar a digestão mas, principalmente, para prevenir contra o mal da altitude. Nas feiras vi a folha da coca comercializada em saquinhos transparentes tal como se vende orégano por aqui.
Era início do novo milênio.
Perambulando pelos Andes bolivianos tomei conhecimento que um certo indígena e líder dos cocaleros dirigia naquela ocasião um congresso de plantadores de coca. A finalidade era se opor à erradicação da erva.
A investida contra o cultivo milenar da coca era do governo central com a utilização do exército. A ação tinha o patrocínio de dólares norte-americanos.A oposição acusava os milicos de desviar e embolsar parte desses dólares.
Pensei duas vezes em fazer fotos dos soldados do exército quando fomos parados numa barreira. Achei que a câmara fotográfica seria muito útil – como de fato foi – quando eu estivesse fazendo La Ruta de los Combatentes Del Che, no departamento de Santa Cruz.
Bolívia, em três anos da gestão Evo Morales se transformou num território sem analfabetos. O reconhecimento foi feito pela ONU no finalzinho de 2008.
Depois de Cuba, em 1961, Venezuela, em 2005, Bolívia entrou para o seleto grupo de países latino americanos que combateram o bom combate e venceram o analfabetismo.
O líder cocalero ao chegar ao poder preferiu erradicar o analfabetismo. Ou seja, Evo viu os analfabetos.Os outros viam a erva.
O meu amigo estava errado.
seupedro2@yahoo.com.br
É óbvio, que existe alguma armação para que a educação e os profissionais da educação permaneçam no fundo do poço nesse sistema econômico imoral. Essa tal de ADI no STF dos governadores e prefeitos contra o Piso é uma prova clara do ataque neoliberal contra o avanço da educação, principalmente, nas camadas menos favorecidas da sociedade, os mais pobres. Eles tem medo de que o povo acorde dessa alienação diabólica.
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