quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

BELO MONTE: AREIA NA PAÇOCA

As obras de AHE Belo Monte deverão sofrer atraso, infelizmente.

O ministro Edson Lobão (Minas e Energia), afirmou ontem, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, que a dificuldade em obtenção de licença ambiental para a usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, deve atrasar o empreendimento em um ano.

A obra estava prevista pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para ser concluída em 2014. A usina, classificada hoje pelo ministro como a “joia da coroa”, é o empreendimento mais estratégico do setor elétrico brasileiro.

A declaração veio no momento em que o ministro afirmava que, se possível, a matriz energética brasileira contaria exclusivamente com hidrelétricas, que são mais “limpas” que as usinas térmicas e de energia mais barata. No entanto, alguns fatores, como a dificuldade em liberação de licenças ambientais, impedem a construção de mais hídricas.

A usina de Belo Monte será o maior empreendimento energético no país, projeto estratégico do governo que enfrenta forte resistência dos povos indígenas da região de Altamira e de entidades ambientais. O Ibama é o órgão responsável pelo licenciamento e tem recebido pressão do governo para que acelere o processo de licenciamento. O governo conta com a usina como forma de dar mais segurança ao sistema energético brasileiro.

Belo Monte será construída no rio Xingu e terá potência instalada de 11.233 MW. Será a segunda maior usina do país, atrás apenas de Itaipu.


Fonte: Folha Online e redação do blog

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