quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CONTRA O COLONIALISMO

Ontem, no Hangar, em Belém, durante o I Congresso Paraense de Municípios, o deputado federal Jader Barbalho (PMDB) combateu a interferência externa de ONG's nacionais e estrangeiras contra o desenvolvimento da Amazônia:

“Temos que nos libertar dessa postura de colonizados e enfrentar os desafios que a região nos impõe. Tenho dito por onde passo que o povo da Amazônia é muito forte. Fomos nós que garantimos a posse dessa região para o Brasil, com a nossa bravura para enfrentar todas as adversidades. O pior colonialismo é o interno. O Pará e a Amazônia precisam assumir as rédeas do seu destino e afugentar aqueles que querem nos ensinar a resolver nossos problemas. Quem sabe o que é melhor para nós somos nós mesmos. Não precisamos de soluções externas. Se querem participar, que tragam investimentos, que venham financiar nossos projetos, porque nós sabemos pensar”, disse.

Jader advertiu aos presentes para que tenham muito cuidado com a ingerência de organizações estrangeiras e com os palpites daqueles ecologistas que vivem em Ipanema, no rio de Janeiro, e na Avenida Paulista, na capital paulista, e querem, sem conhecer a região, emitir parecer e apontar soluções para os problemas locais. Observou que a maioria das ONGs que atuam na região são financiadas pelos EUA, que, contraditoriamente, não assinaram o Protocolo de Kyoto.

É correto o discurso contra as ONG's estrangeiras, ou contra as nacionais financeiadas pelas primeiras, que tripudiam contra o nosso desenvolvimento e não agem com os mesmos rigores em seus países de origem. Mas não vale o discurso "se eles destruíram lá, por que não podemos fazer o mesmo aqui?" Não podemos ser omissos diante das demandas locais e mundiais pela preservação do meio ambiente. Tá provado que é possível, sim, explorar os recursos da natureza com o mínimo de impacto, utilizando-os para o desenvolvimento regional, geração de riquezas e o bem estar da população.

E Jader tem razão quando diz que essa é uma decisão a ser tomada pelos governos e pelos povos da Amazônia. Mas serão bem vindas as sugestões e propostas externas, além do financiamento. Afinal, todas as ações aqui adotadas em prol da conservação das florestas e de outros recursos naturais e do meio ambiente beneficiam todo o mundo.

Assunto para um bom debate.

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