São 23 os municípios paraenses que já decretaram situação de emergência, dezesseis deles da região Oeste. São eles: Altamira, Porto de Moz, Almeirim, Prainha, Monte Alegre, Alenquer, Óbidos, Oriximiná, Juruti, Santarém, Aveiro, Jacareacanga, Rurópolis, Terra Santa, Trairão e Itaituba.
“Os municípios decretam, o Estado homologa e a União reconhece”, explicou o coordenador da Defesa Civil, na semana passada, sobre os procedimentos necessários à chegada de ajuda aos municípios. Assim, a ajuda do Estado e da União aos municípios somente pode ser efetivada com a homologação dos decretos pelo governo do Estado.
“Alguns desses municípios já enviaram toda a documentação necessária, e a homologação deverá sair nos próximos dias. Os demais, somente com a chegada completa dos documentos”, afirmou o coronel.
Em Santarém, 14 localidades na região de várzea de Santarém estão em estado de emergência por causa das chuvas. A água invadiu comunidades inteiras. Já não há mais terra firme. Na vila de Aritapera, região do Rio Amazonas, o cemitério e a igreja estão submersos.
As pastagens desapareceram. O gado passa o dia inteiro dentro d’água e somente à noite é transferido para as marombas, elevados de madeira que substituem os currais. Nas escolas, as aulas foram suspensas. A correnteza agora passa por dentro das salas. Em algumas localidades, os alunos estão há mais de um mês sem estudar.
Em Monte Alegre, as comunidades das regiões do Lago Grande e Costa do Amazonas são as mais afetadas. Também a cidade já sofre com a subida das águas, principalmente os bairros da Cidade Baixa, Papagaio, Curintanfã e Camarazinho.
O prefeito Jardel Vasconcelos espera a homologação do decreto de situação de emergência pelo governo do Estado para dispor de mais recursos para atender às famílias já afetadas pelos acidentes naturais.
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