segunda-feira, 16 de março de 2009


Já falei aqui dos fantásticos lucros obtidos pela Vale e outras mineradoras durante o ano de 2008, pelo menos até que a atual crise financeira se abatesse sobre o mundo.
Agora é o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, que anuncia os resultados da produção do Pará no ano passado – e os dados são de encher os olhos de todos, confirmando os lucros recordes obtidos pela empresas do setor.
Segundo o DNPM, a produção mineral paraense foi 33,3% superior àquela registrada em 2007, ou praticamente 370% em relação ao ano anterior (2006). Um crescimento recorde, o maior e melhor em toda a década.
Segundo o órgão, o crescimento se deveu à grande exportação e, principalmente, pelo valor que os produtos minerais alcançaram no mundo em 2008.
Cobre, ouro, manganês, caulim, calcário, bauxita, quartzo, água mineral e minério de ferro foram os principais produtos minerais comercializados pelo Pará, resultando um faturamento de quase R$ 11 bilhões. Isso representou quase R$ 3 bilhões a mais do que foi comercializado em 2007. Do valor da produção registrada em 2008, 95% foram da Vale.

CRISE E CRESCIMENTO

Every Aquino, chefe do 5º Distrito do DNPM, afirma que o crescimento médio anual da produção mineral do Pará ficou em 26%, entre os anos de 2002 a 2007. Segundo ele, a previsão de investimentos no setor, antes da crise, era de mais de U$ 38 bilhões, com geração de mais de 70 mil empregos, até 2012.
Mas, por causa da crise, ele entende que essa avaliação deverá ser revista. Mas está otimista: acha que o crescimento do setor mineral paraense voltará a ocorrer a partir do segundo semestre deste ano, alcançando, no mínimo, 26%, o que geraria um valor de produção em torno de R$ 8 bilhões.


PS: A Alcoa, em Juruti, anunciou, ainda antes da atual cise, que iniciaria a produção e os embarques de bauxita ainda neste ano de 2009. Assim, o Pará, que é o segundo maior produtor mineral do País, ganha força para se tornar o primeiro. Minas Gerais continua na frente, e não apenas em produção, mas em verticalização.

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